domingo, 28 de março de 2010

Produtos Financeiros para Aplicação

   O mercado financeiro brasileiro oferece várias alternativas de produtos financeiros para você aplicar o seu dinheiro.
   Entenda como funciona cada uma delas.

POUPANÇA
   A “caderneta de poupança” é um produto de investimento oferecido pelas instituições públicas e privadas para pequenos, médios e grandes investidores. Rende TR (taxa referencial) mais 0,50% ao mês. O rendimento é creditado mensalmente no aniversário, na mesma conta de poupança e reaplicado automaticamente. Esta aplicação não possui vencimento, e sim data de aniversário, que coincide com a data do depósito. Cada depósito é considerado uma aplicação em separado. Atualmente não é tributada para o investidor pessoas física.

CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO
   O CDB é um produto de investimento oferecido pelos bancos comerciais ou múltiplos. Normalmente o banco exige um valor mínimo, por exemplo, R$1.000,00, que varia de banco para banco. A rentabilidade pode ser pré-fixada ou pós-fixada. Se for pré-fixada você já saberá no momento da aplicação quanto será o valor do rendimento na data do resgate. No caso de pós-fixada normalmente rende um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), cujo rendimento somente será conhecido depois de transcorrido o prazo da aplicação. O CDB possui prazo de vencimento, que você poderá escolher ou negociar com o banco uma data certa para o resgate. Possui dois tipos de tributos. IOF, se resgatado do primeiro ao 29º dia. E Imposto de Renda na Fonte sobre os rendimentos, no resgate parcial ou final.


FIF - FUNDO DE INVESTIMENTO FINANCEIRO
   O mercado oferece uma gama substancial de tipos diferentes de fundos. Veja alguns exemplos: Curto Prazo, Referenciado DI, Renda Fixa, Cambial, Multimercados e Renda Variável. O mais conservador é o referenciado DI, que tem como meta acompanhar a taxa média do CDI, onde o risco é muito baixo. O Renda Fixa investe em títulos de renda fixa, o Cambial acompanha o Dólar, o Multimercado tem um pouco de cada segmento e o Renda Variável normalmente tem uma boa dose de ações, entre outros ativos, sendo estes três últimos mais arriscado. Os fundos são aplicações por prazo indeterminado. Antes de optar por um fundo é bom analisar o seu histórico de rentabilidade dos últimos 12 meses. Embora rentabilidade passada não seja garantia de rentabilidade futura, dá para se ter uma idéia da volatilidade e conseqüentemente do risco. Outra coisa é a taxa de administração cobrada. Quanto menor, melhor. O imposto de renda segue a tabela abaixo.


FIA – FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES
   Existem vários tipos de fundos de Ações ou Renda Variável. De acordo com a classificação da ANBID estes fundos devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em: ações à vista, bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de ações, cotas de fundos de ações, cotas dos fundos de índice de ações, Brazilian Depositary Receipts classificados como nível II e III. Fonte: ANBID. São aplicações de risco elevado, indicadas para investidor qualificado. O prazo da aplicação é indeterminado. Antes de optar por um fundo de renda variável consulte um especialista da área sobre as tendências de mercado. Não deixe de analisar também a taxa de administração, que se for alta pode comer uma boa parte da sua rentabilidade. Alguns fundos cobram taxa de saída, verifique. O Imposto de Renda é de 15% sobre os rendimentos, somente no resgate.

TESOURO DIRETO
   O Tesouro Direto é um programa de venda de títulos a pessoas físicas desenvolvido pelo Tesouro Nacional, em parceria com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC. É simples e você não precisa de muito dinheiro para investir. Com apenas R$ 100,00 você já pode iniciar uma aplicação. E o melhor: não precisa nem sair de casa, pois as transações podem ser feitas pela Internet. Acesse o link abaixo e obtenha todas as informações necessárias para você começar a investir em títulos da dívida brasileira. Fonte:

quinta-feira, 18 de março de 2010

Projeção da Taxa do CDI para Abril 2010


   Vamos projetar a taxa do CDI para Abril de 2010 com base no boletim da BMFBOVESPA
do dia 17 de março de 2010. Lembramos que Abril tem 20 dias úteis, com dois feriados em dias úteis: dia 02 Paixão de Cristo e dia 21, Tiradentes.
   Consultando o boletim do dia 17 de março temos: DI1 - DI de 1 dia, preço ajustado para Abril (J10) 99.632,40 e preço ajustado para Maio (K10) 98.963,81.
   Para calcular o CDI projetado vamos dividir 99.632,40 por 98.963,81, subtrair 1 (um) e multiplicar por 100. O resultado será 0,67%.
   Portando, se não acontecer fatos relevantes que alterem os rumos da economia, o CDI de Abril de 2010 deve ficar em torno de 0,67%.
   O valor é inferior ao CDI de Março (23 dias úteis), pois Abril tem 20 dias úteis e a próxima reunião do COPOM só ocorrerá no final do mês de Abril, nos dias 27 e 28. Caso o COPOM venha a aumentar a meta da taxa Selic, o impacto maior só será sentido em maio.

terça-feira, 2 de março de 2010

Calendário do COPOM

   Os juros básicos brasileiros estão com seus dias contados. Podem voltar a subir a partir de abril. Esta é a opinião de vários economistas.
   A pressão vem da inflação que começa a por suas mangas de fora. Uma amostra desta realidade é o IGP-M de fevereiro 2010, que registrou uma alta de 1,18%.
   Portanto é bom ficar de olho nas próximas reuniões do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil.
   Veja o calendário aqui

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Indicadores fevereiro 2010

   A melhor aplicação financeira em fevereiro de 2010 foi a bolsa, que fechou o mês no azul, com rendimento de 1,68%, porém insuficiente para cobrir o prejuízo de -4,65% do mês anterior. Notícias indigestas vindas de economias periféricas da zona do euro, bem como o anúncio de que governos começarão o processo de retirada de incentivos, concedidos no auge da crie econômica, impediram um melhor desempenho da renda variável.
   Já o Dólar devolveu parte do ganho de janeiro, fechando fevereiro com uma perda de -3,40%.
   O CDI rendeu 0,59%, como previmos no início do mês. Ficou aquém da inflação medida pelo IGP-M, que registrou alta de 1,18%. Ou seja, a rentabilidade medida pelo CDI, menos a inflação do IGP-M, em fevereiro, foi negativa. 
   A poupança pagou 0,50% de juros no mês, tendo em vista que a TR ficou no zero a zero.

Indicadores Financeiros (%) Acum. 2008 Acum. 2009 Janeiro 2010 Fevereiro 2010
Dólar Comercial
31,94
-25,49
7,67
-3,40
Ibovespa
-41,22
82,66
-4,65
1,68
CDI
12,38
9,84
0,66
0,59
IGPM
9,82
-1,72
0,63
1,18
TR
1,32
0,71
0,00
0,00
Poupança
7,03
6,92
0,50
0,50

Dólar Comercial Variação da cotação do dólar dos USA x Real.
Ibovespa Variação do índice da bolsa de valores de São Paulo.
CDI Certificado de Depósito Interfinanceiro. Custo do dinheiro no Interbancário. Meta dos fundos DI.
IGPM Índice Geral de Preços do Mercado - inflação.
TR Taxa referencial - compõe remuneração da poupança.
Poupança Remuneração de aplicação em caderneta de poupança.

Fontes: http://www.bmf.com.br/bmfbovespa/pages/boletim1/bd_manual/indicadoresFinanceiros1.asp
http://www14.fgv.br/dgd/asp/index.asp

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Como Calcular o IOF da Conta Garantida

O cálculo do IOF - Imposto Sobre Operações Financeiras da Conta Garantida  é simples. O critério de cálculo vale também para o Cheque Especial.
Primeiro você deve identificar os saldos devedores diários apresentados no extrato do mês em questão. Leve em consideração os dias da semana e os feriados porventura existentes no mês. Anote os dados em uma planilha.
O IOF é regulado por Decreto, arrecadado pelos bancos que fazem o repasse integral para o governo.
A cobrança é feita por dias corridos, ou seja, saldo devedor de sexta-feira gera uma cobrança de 3 (três) dias (sexta, sábado e domingo). O mesmo ocorre nas vésperas de feriado.
Bom, agora volte à sua planilha e acrescente os saldos devedores dos sábados, domingos e feriados. Some tudo e multiplique por 0,0041%. Em outra linguagem: multiplique a soma total dos saldos devedores por 0,0041 e divida o resultado por 100.
Pronto! O resultado final será o valor do IOF. 
Se a utilização foi apenas durante uma parte do mês, no início, no meio ou no final, os valores não serão corrigidos monetariamente. O critério de cálculo é de juros simples.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Projeção do CDI para Março 2010

Projetar a taxa do CDI para Março de 2010, estando no dia 08 de fevereiro, requer um método diferente daquele que usamos anteriormente para projetar o CDI de fevereiro.

Desta vez vamos usar as cotações do mercado futuro de DI de um dia da BM&F. Consultando o boletim do dia 8 de fevereiro temos: DI1 - DI de 1 dia, preço ajustado para março (H10) 99.574,12; preço ajustado para abril (J10) 98.818,97.

Para calcular o CDI projetado vamos dividir 99.574,12 por 98.818,97, subtrair 1 (um) e multiplicar por 100. O resultado será 0,7642%.

Portando, se não acontecer fatos relevantes que alterem os rumos da economia, o CDI de março de 2010 deve ficar em torno de  0,7642%.
O valor é bem superior ao CDI de fevereiro (18 dias úteis), pois março tem 23 dias úteis.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Como Projetar a Taxa do CDI

Existem várias técnicas para projetar o CDI para um determinado mês. O primeiro passo é identificar quais e quantos são os dias úteis do mês, ou seja, o CDI não trabalha sábado, domingos e também nos feriados nacionais.

Vamos utilizar a técnica mais simples, considerando que a época atual é de calmaria. O cálculo será dividido em duas partes: realizado e futuro. O realizado baseia-se nas taxas já divulgadas pela CETIP. O futuro será a repetição até o final do mês da última taxa divulgada.

Considerando as taxas do CDI divulgadas pela CETIP até o dia 4 de fevereiro, com dezoito dias úteis, chegamos a 0,59%.

Dadas as atuais condições de temperatura e pressão, o CDI deverá render 0,59% no mês de fevereiro de 2010. Vamos aguardar o final do mês e conferir.

Para ver a memória de cálculos clique aqui